Foto: Institucional  Texto: Cáritas Arquidiocese de Manaus

CONHECENDO A CÁRITAS NO BRASIL

A Cáritas vivencia, na Igreja do Brasil, a dimensão do serviço, na perspectiva sociotransformadora da evangelização. Sua razão de existir está na vivência da radicalidade evangélica expressa na opção solidária pelos pobres.

QUAL O PAPEL DA CÁRITAS?

O serviço à vida na dimensão da caridade se expressa como:

• uma adesão à ação de Deus na história;

• uma resposta a uma iniciativa de amor que nos atinge;

• um testemunho que torna presente e revela o Amor de Deus na prática da vida, levando os agentes de Cáritas a realizar a missão.

PILARES DA MISSÃO

• Defesa e promoção da vida – sociobiodiversidade. Uma concepção de solidariedade integrada com todos os seres criados por Deus. 

• Mística e espiritualidade ecumênica e libertadora. O cerne cuja fonte está nos valores do Reino de Deus, construído a partir e com os excluídos da sociedade.

• Cultura de solidariedade. Superando o individualismo causador das injustiças sociais.

• Relações igualitárias de gênero, raça, etnia e geração. Reconhecer e valorizar as diferenças numa integração e complementação solidária.

• Protagonismo dos excluídos e excluídas. Na proposta metodológica da Cáritas são os atores principais, são os sujeitos da transformação na luta pelos seus direitos.

• Projeto alternativo de sociedade solidária e sustentável. Construção de um novo projeto que promova a vida, com dignidade.

ORGANIZAÇÃO

NACIONALMENTE:

• Assembleia Nacional – Entidades Membro, Diretoria Nacional, Secretariado Regional, Secretariado Nacional.

• Conselho Consultivo: Com representação da Diretoria Nacional; Colegiada Regional, Representante do Conselho Regional, Colegiada Nacional. Representação máxima de 3 pessoas por Regional. Reunião 3 vezes ao ano.

• Inter-Regional: Instâncias intermediárias de gestão compartilhada, com caráter de potencialização das discussões e das decisões; Espaços para o monitoramento e avaliação, com representação de entidades membros, diretoria nacional, conselho regionais e secretariados regionais e nacional;

FÓRUM NACIONAL

Espaço de construção coletiva e do PMAS, com dois eventos anuais. 

Participantes: 3 pessoas por Regional (representação do inter-regional e da equipe regional); diretoria e secretariado Nacional.

GRUPOS DE TRABALHO

Com temas específicos, para a construção de planos e/ou políticas, assim como, para animar o tema na rede, a exemplo dos GT’s:

  • Formação;
  • Sustentabilidade;
  • Emergência;
  • Voluntariado;

DSS/ Território

REGIONALMENTE:

  • Assembléia Regional – Entidades Membro, Diretoria Nacional, Secretariado Regional, Secretariado Nacional.
  • Conselho Regional: Com representação das entidades membros  eleitos nas assembléias. Representação máxima de 3 pessoas por Regional. Reunião 3 vezes ao ano.
  • Secretariados Regionais: Com equipes de assessores, coordenados por uma coordenação colegiada.
  • Assembléias e Diretorias Diocesanas: Com representantes das pastorais e/ou paróquias da diocese.

O QUE É  A CÁRITAS DIOCESANA

A concretização da Missão junto ao povo

ORGANIZANDO A SOLIDARIEDADE

As Cáritas Diocesanas são entidades criadas pelas dioceses, com organização própria. 

Como instituições diocesanas, podem filiar-se à Cáritas Brasileira como membros associados. 

No entanto, sua ligação mais forte com a Rede Cáritas deve estar na identidade comum expressa na missão, na mística, na espiritualidade e na metodologia participativa

DIMENSÕES PERMANENTES DA AÇÃO CÁRITAS

  • Conscientização Ativa;
  • Organização da Solidariedade;
  • Animação e Articulação;
  • Formação de Agentes;

ESPÍRITO QUE ANIMA A AÇÃO CÁRITAS

  • escuta de Deus que se revela na história pelos clamores do seu povo; 
  • paixão e compromisso solidário com as pessoas e grupos sociais ameaçados em sua vida e seus direitos;
  • esperança de quem crê na força e protagonismo dos pequenos como força política transformadora da realidade;
  • oração encarnada e celebração das conquistas solidárias, frutos da organização e participação das pessoas com quem se trabalha;
  • animação da solidariedade organizada nas comunidades eclesiais e integração com outras Igrejas cristãs e outras forças sociais.

A partir dessa força interior, em seu trabalho de promoção e de vivência da solidariedade ecumênica e libertadora, os animadores da Cáritas procuram:

  • fermentar a sociedade humana com os valores éticos revelados pela Palavra de Deus e pelo ensino social da Igreja, por meio do testemunho profético; 
  • realizar ações concretas, animar e articular processos de organização, educação e formulação de políticas públicas que promovam a vida;
  • agir com metodologia participativa, para que as próprias pessoas empobrecidas assumam a luta pelos direitos civis, sociais, econômicos, políticos e culturais; 
  • manter-se atentos à realidade e capacitar-se permanentemente para compreender criticamente os problemas e as necessidades das pessoas empobrecidas da localidade, da região, do País e do mundo;
  • articular-se com outros movimentos sociais e fóruns da sociedade civil comprometidos com as mudanças sociais;
  • apoiar e assessorar organizações populares abertas aos valores que promovem a vida e a dignidade humana.

COMO ORGANIZAR A CÁRITAS PAROQUIAL

Uma pergunta…

  • A primeira pergunta que deve ser respondida por quem decide organizar a Cáritas paroquial é essa: existem pessoas empobrecidas que não contam com solidariedade que as ajude a enfrentar a situação? Onde moram? Quais suas necessidades?
  • Em outras palavras, o motivo para criar Cáritas não está na estrutura eclesial. É da situação da vida do povo que vem o convite de Deus para organizar melhor a prática de amor libertador da comunidade cristã.

CONSTRUIR EM BASES FORTES

A experiência tem ensinado que é melhor não começar com a organização formal da Cáritas como entidade. Isso pode criar mais um peso, em vez de um aumento da capacidade de ação. 

O primeiro passo é a descoberta de algumas pessoas que se sintam chamadas por Deus para descobrir o que ele deseja que a Cáritas faça.

PASSOS

1.Organizar uma equipe animadora. Ela pode ser integrada por pessoas representativas de iniciativas comunitárias ou assistenciais já existentes (leigos/as, sacerdotes, religiosos/as), juntamente com pessoas empobrecidas que participam dessas ações. 

2.Criar oportunidades para as comunidades que constituem a paróquia terem conhecimento da missão da Cáritas Brasileira, de suas prioridades e de como está organizada; 

3.Fazer levantamento da realidade social, anotando as situações da vida do povo e as necessidades das comunidades para se organizarem para a prática da solidariedade libertadora; 

4.Organizar o processo de decisão sobre a necessidade de criar a Cáritas como instituição. 

A ESTRUTURA ORGANIZATIVA

Cáritas Brasileira

Cáritas Regional

Cáritas (Arqui)Diocesana) PERSONALIDADE JURÍDICA INDEPENDENTE

Cáritas Paroquial

Cáritas Comunitária

ESTRUTURA LEGAL

O Estatuto da Cáritas Brasileira, aprovado pela Assembléia Geral e pela CNBB, exige que as Cáritas Diocesanas tenham personalidade jurídica própria para serem membros da Cáritas Brasileira. 

São organismos diocesanos com autonomia jurídica e mantêm com a Cáritas Brasileira uma relação de filiação.

As Cáritas Paroquiais podem ter CNPJ próprio ou serem vinculadas às Paróquias. As Cáritas Comunitárias não tem CNPJ próprio.

UMA CÁRITAS DIOCESANA COSTUMA CONTAR COM

  • uma Assembleia Diocesana, composta por representantes das equipes, entidades sociais, pastorais, grupos relacionados de acordo com a definição de associados em estatuto ou regimento;
  • um Conselho diocesano, com poder deliberativo ou consultivo, eleito pela assembléia e referendado pelo bispo diocesano, que acompanha e participa mais diretamente do andamento dos trabalhos;
  • uma Diretoria, eleita em assembléia, responsável pela gestão administrativa, encaminhando as determinações da Assembléia, deliberando e apoiando a equipe executiva;
  • um Conselho Fiscal, cujos membros, além de cumprir o que lhes compete por direito e dever estatutários, podem contribuir no conjunto do trabalho; 
  • um Conselho Fiscal, cujos membros, além de cumprir o que lhes compete por direito e dever estatutários, podem contribuir no conjunto do trabalho; 
  • um/a Assessor/a ou assistente espiritual, normalmente indicado/a pela Assembléia e confirmado/a pelo Bispo. Compete a esta pessoa cuidar de modo especial da vivência da mística e espiritualidade da Cáritas;
  • uma Equipe executiva. A prática mostra que é aconselhável contar, no mínimo, com uma pessoa liberada em tempo integral para os serviços de secretaria, animação, coordenação e articulação dos trabalhos;

Comissões ou grupos de trabalho, de acordo com a necessidade

REDE DIOCESANA CÁRITAS

O ESSENCIAL PARA UMA BOA ORGANIZAÇÃO

Ter uma estrutura mínima de organização

Equipe(s) de trabalho

Local de referência, com infraestrutura necessária, livro-caixa, caderno de atas, arquivo de endereços, arquivamento de planos, projetos, relatórios, correspondências, etc.

Reuniões bem preparadas, participativas, com registro das principais reflexões e encaminhamentos;

Distribuição de tarefas em todo processo de organização e desenvolvimento do trabalho

Elaborar um planejamento participativo anual

  • Objetivos claros;
  • Definição das atividades e como realizá-las;
  • Previsão de agentes, recursos materiais e financeiros;
  • Aprofundamento da mística e espiritualidade em todo o trabalho a ser realizado;
  • Articulação com as pastorais sociais, Igreja local e movimentos sociais;
  • Avaliação permanente.
  • Fortalecer a Rede Cáritas
  • Acompanhar, participar e colaborar com os espaços de articulação e formação no âmbito local (grupos, comunidades, paróquias) diocesano, regional, nacional e internacional;
  • Participar ativamente dos processos de avaliação e planejamento, bem como de outras promoções e ações conjuntas;
  • Assumir a missão e prioridades definidas conjuntamente, adaptando-as à realidade local;
  • Estabelecer vínculos entre as equipes comunitárias, paroquiais diocesanas com o Regional ou com a Cáritas Brasileira.

RESUMINDO

Olhar a realidade – Olhar a realidade local e perceber a necessidade e importância da atuação da Cáritas.

Uma grande missão – Cáritas Diocesana, Paroquial e Comunitária são a Cáritas Brasileira na base.

O Compromisso com os empobrecidos – As ações da Cáritas precisam responder e incluir os mais pobres.

Sensibilizar as comunidades – É importante sensibilizar lideranças sobre o papel da Cáritas.

O ponto de chegada – É importante ter clareza da missão para saber onde se quer chegar. 

Organizar a ação – planejar e organizar a ação.

Uma rede de solidariedade – apostar e organizar o trabalho voluntario.

Ser Rede Cáritas e agir em rede – assumir a missão e diretrizes da Rede Cáritas e promover a prática de rede nas ações locais.

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