O Conselho Nacional do Laicato do Brasil divulgou uma publicação cujo objetivo é fazer memória do Dia Internacional da Mulher. O organismo convidou algumas mulheres que integram a sua caminhada para partilhar seus olhares, em textos inspiradores, sobre a presença e o protagonismo das mulheres em diferentes campos.

Segundo a Sônia Gomes de Oliveira, presidente do CNLB, a publicação quer rever um pouco da história do dia 8 de março não apenas como um dia de comemoração, mas como uma data para lembrar a história das mulheres trabalhadoras. “Queremos lembrar que são as mulheres que fazem acontecer a nossa história”, disse.

O bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferreria Paz, membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reforça que o Dia Internacional da Mulher tem sido, por vezes, um momento de expressar a auto-estima feminina, o empoderamento social e político, o protesto legítimo contra a violência e o feminicídio. Segundo ele, no entanto, também é necessário um olhar de gratidão, reconhecimento e admiração do quanto elas contribuem para o crescimento e evolução da humanidade como um todo.


Sônia Gomes de Oliveira, presidente do CNLB. Foto: arquivo pessoal.

De acordo com a presidente do CNLB, além de dar visibilidade para as mulheres que atuam no organismo, a publicação também fala da atuação das mulheres em diferentes frentes na Igreja. “Que este instrumento possa ser o início de tantos outros para evidenciarmos a dimensão feminina da Igreja, atuando na sociedade, sendo protagonistas em vários ambientes e, conscientes do nosso batismo, atuando como Sujeitos Eclesiais tendo ousadia e criatividade para testemunhar Cristo Jesus”, afirmou na apresentação.

Textos inspiradores
A publicação, de 13 páginas, é composta de uma apresentação seguida de textos inspiradores que integram os capítulos da publicação. Os textos falam sobre o protagonismo feminino na história do Povo de Deus, o protagonismo feminino na economia solidária, o protagonismo feminino e o compromisso político, o protagonismo feminino e as periferias e o protagonismo feminino no próprio organismo.

Para o bispo de Campos, o mundo, sem a presença feminina, numa visão antropológica de alteridade, reciprocidade e complementaridade homem-mulher, ficaria sem essa mentoria e inspiração, que “nos leva a cuidar das pessoas e da Terra, a agir com gratuidade e generosidade, com altruísmo e desprendimento, com a ternura que aprimora e confere ao amor sua qualidade de delicadeza, singularidade e atenção aos detalhes”.

“Quando celebramos o dia da mulher, não podemos esquecer o horizonte do sonho do Reino, um relacionamento mais amigo, parceiro, criativo e amoroso no sentido pleno entre o homem e a mulher, que seja verdadeira expressão e sinal da Aliança esponsal do Deus misericordioso e compassivo com a humanidade”, reforça dom Ferreria.

Conheça a íntegra do material aqui:https://www.cnlb.org.br/?wpfb_dl=64

Fonte: CNBB

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