Aproximadamente 50 mil fiéis participaram da procissão e missa campal, promovida neste ultimo domingo (8/12), pela Arquidiocese de Manaus, por meio da Catedral Metropolitana de Manaus, encerrando os festejos em honra à Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Padroeira do Amazonas, que iniciaram com no novenário no último dia 29/11. O tema desse ano foi “Maria, mãe da Amazônia e dos povos da floresta” e o lema “Derrubou os poderosos dos seus tronos e elevou os humildes” (Lc 1,52).

A programação do dia iniciou na Catedral Metropolitana, às 7h30 com a missa presidida por Dom José Albuquerque, bispo auxiliar de Manaus. Às 8h aconteceu a 4ª edição da Ciclo–Moto–Procissão da Imaculada Conceição, que saiu da Arena Amadeu Teixeira em direção à Catedral, no Centro. Missa novamente às 10h e, às 15h teve início o Terço do Ofício de Nossa Senhora, com a igreja da Matriz completamente lotada pelos fiéis e devotos.

Enquanto a procissão não começava, os fiéis que não estavam na igreja aproveitavam para ir à 9ª edição da Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar, promovida pela Cáritas Arquidiocesana, na Praça Oswaldo Cruz, conhecida como a Praça da Matriz, com cerca de 46 barracas de produtos provenientes de projetos de economia solidária e de pequenos produtores dos municípios como: Itacoatiara, Manacapuru, Fonte Boa, Parintins, Tefé, Novo Airão, Anori e até do estado de Roraima.

Às 16h padre Zenildo Lima, Reitor do Seminário São José, deu início à animação realizada do alto do carro de som junto com alguns agentes de pastoral e equipe de música, foram conduzindo os fiéis com orações e cânticos. A procissão iniciou um pouco antes das 17h, saindo da Catedral, rumo à Av. 7 de Setembro, com os devotos cantando e rezando pelas ruas Joaquim Nabuco, 10 de Julho e Eduardo Ribeiro, durante o trajeto, alguns iam descalços, outros vestidos com cores do manto de Nossa Senhora, tudo como forma de agradecimento, pagando alguma promessa ou um simples ato de devoção à mãezinha.

Um dos momentos mais emocionantes da procissão aconteceu na Av. Joaquim Nabuco, onde ao passar em frente ao Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (Cefam), foi realizada a leitura da carta de repúdio pela morte de Humberto Peixoto, indígena da etnia Tuiúca, que veio a óbito na manhã de 7 de dezembro após passar dias internado em virtude de um espancamento sofrido num ato de extrema violência. Humberto fazia parte de um projeto da Cáritas, cuja sede se localiza nas dependências do Cefam, tinha 38 anos e deixa mulher e filha de 5 anos.

Ao final da procissão, teve início a missa campal presidida pelo Arcebispo Emérito e Administrador Apostólico da Arquidiocese de Manaus, Dom Sergio Castriani que, mesmo com suas limitações de saúde, se fez presente durante toda a procissão. Fez questão de percorrer todo o percurso no meio do povo de Deus, sendo um verdadeiro pastor para o seu rebanho e um exemplo de fé e perseverança para as pessoas de todas as idades, que se emocionavam com a sua simples presença. A missa foi concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom José Albuquerque, Dom Tadeu Canavarros e pelos demais sacerdotes presentes.

Após a proclamação do evangelho, realizada pelo frei Marcos Venícius, Dom Tadeu fez a leitura da homilia de Dom Sergio, que deixava uma mensagem falando sobre a importância da Mãe Maria, esperança e paz. Antes da benção final, Dra. Sônia Maria Bezerra, coordenadora das Pastorais da Catedral Metropolitana de Manaus, fez a leitura emocionada de uma carta de agradecimento à Dom Sergio pelos seis anos a frente da Arquidiocese e pelos 40 anos de sacerdócio que completa no dia 9 de dezembro.

Emoção dos fiéis

Não há dúvidas que a festa da Imaculada, é uma das que mais reúnem fiéis vindo dos quatro cantos da cidade, às vezes atraí devotos até dos municípios vizinhos. É uma das festas religiosas mais tradicionais até pelo fato de N. Sra. da Conceição ser a padroeira do Estado.

Dona Maria da Conceição é um exemplo de devota que todos os anos se faz presente, apesar da idade avançada, sempre participa com muita fé e emoção. “Todos os anos eu estou aqui para agradecer as graças obtidas. Meu nome foi dado em homenagem a ela e, há mais de 30 anos eu venho participado desse momento”, disse a fiel que faz parte da comunidade de São Marcos da paróquia de Santo Afonso.

Fonte: Arquidiocese de Manaus

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